Escrever não é fácil. Talvez a prática imposta pela profissão tenha tornado o processo mais natural para mim do que para quem não lida tão de perto com palavras. Mas, ainda assim, postar um texto por semana aqui, por exemplo, requer algum empenho. Não é algo que eu consigo fazer enquanto assisto Breaking Bad (sim, ainda estou nisso).
Pode parecer que não, mas a proposta desse espaço complica ainda mais as coisas. A ideia é apresentar a todos os oito leitores que nos acompanham (beijo, mãe, beijo, Lari, obrigado pelo incentivo, líderes da igreja) alguma reflexão sobre temas atuais, que estejam “quentes” nas rodas de discussões. E, claro, levá-los a pensar em como o que conhecemos da Bíblia se encaixa nesses temas relevantes.
Ocorre que fazer isso nem sempre é tranquilo como parece. Eu, por exemplo, tenho medo de forçar a amizade e acabar “gospelizando” qualquer banalidade:
– O príncipe William e Kate Middleton terão outro bebê real? Jesus, porém, meu irmão, minha irmã, teve de nascer numa estrebaria, porque não havia lugar para ele!
– O lateral-direito Maicon cometeu o “erro misterioso” e foi dispensado da Seleção? Deus, meu irmão, minha irmã, trará à luz todas as obras ocultas!
Entende o drama? O esforço de filtrar as ideias e impedir que algumas barbeiragens cheguem até os nossos oito leitores é grande. Mas eis uma confissão: o compromisso de escrever semanalmente tem me obrigado a olhar para muita coisa ao meu redor e perguntar “o que Deus acharia do assunto”. Ou então, a pensar em como eu poderia aplicar a determinado tema algo sobre Ele que já aprendi na teoria. Embora nem todo resultado dessas reflexões venha à tona (para sua sorte), muito do que guardo em silêncio tem sido de grande ajuda para mim.
Talvez o objetivo principal da semana seja, então, fazer um convite. Não precisa escrever. Só agir como se fosse. Que tal olhar para os cantos mais inusitados da sua vida com aquele olhar de “o que Deus pensa disso”? Sempre tem alguma coisa que você acharia estranho, desnecessário, ou mesmo ridículo, perguntar a opinião de Deus. Mas não é. Ao contrário, combina muito com a ordem que ele deu a Josué: “não deixe de falar as palavras desse Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito”.
Esse exercício semanal tem me feito abrir as janelas de cômodos da mente onde há um tempo não entrava uma luz (em alguns já se percebia um leve odor de mofo). Quem sabe não acontece com você também. Como disse Paulo, o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama, revestido de virtude e no qual se pode achar algum louvor, deve ocupar o nosso pensamento de forma permanente.
Além disso, vai que surge algo interessante. Aí você escreve e nos manda! Os oito leitores vão achar o máximo. =)
Boa semana.