Nossa história

A igreja local do bairro Bosque da Saúde, em São Paulo, como parte da Igreja de Jesus Cristo, em todo o Mundo, teve o seu começo conforme o modelo bíblico, isto é, onde os apóstolos chegavam, evangelizavam as pessoas e formavam o núcleo de crentes salvos pela graça, estabelecendo ali uma igreja local. (Mt 28-19-20; Mc 16-15-16)

Isto aconteceu, por volta do ano 1928, com a visita dos primeiros missionários ingleses, Sr. Edward Holywell e Frederick Smith que, com suas esposas, Mabel Holywell, e Helen Smith, vindos do bairro de Vila Clementino, onde já havia um pequeno grupo de crentes por eles evangelizados, e já se reuniam como igreja.

Do mesmo modo esses missionários visitaram e evangelizaram alguns lares, fazendo amizade com eles e, uma vez convertidos, formaram o núcleo de crentes, dando origem a igreja local.

Os primeiros lares visitados foram os dos irmãos João Antonio Domingues e sua esposa Dna. Carmem, do Sr. Francisco Garcia e sua esposa Dna. Rosaria, Sr Docito Nunes, Dna. Rosa Maio, e seus filhos. Os primeiros mencionados moravam à rua Barão da passagem, hoje rua Chagas Santos.

Uma vez reunido aquele pequeno grupo, alugaram uma pequena sala à rua Itapiru, 79-A, esquina com a rua Catulo da Paixão Cearense, (antiga rua Andrade Neves) onde se reuniram por alguns anos. Isso se deu no dia 19 de setembro de 1931.

Nesse tempo a igreja local era considerada como uma congregação da Igreja de Vila Clementino. Mas em janeiro de 1933 a Igreja passou a ser independente. Nessa data, as pessoas que iam se convertendo pela instrumentalidade daqueles missionários, achavam-se em comunhão, no Partir do Pão, os seguintes irmãos – Dna. Guiomar Galvão, Dna, Rosa Maio, Dna. Rosa Del Rico, Dna. Domingas Del Rico, Dna. Rosaria Garcia, Dna. Atilia do Céu Lopes, Sr. Docito Nunes Barges, Dna. Trindade Nunes Barges, Dna. Joana de Almeida, Olga de Almeida Costa, Edgard de Almeida, Salvador de Almeida, Sr. Daniel Gioielli e sua esposa Dna. Clementina Gioielli.

Em janeiro de 1934, encontramos registrada a primeira Ata, dos membros da igreja, devidamente legalizada, com seus estatutos próprios.

Em 22 de maio de 1943 aqueles crentes passaram a se reunir à rua Visconde de Inhauma, 22, até o ano de 1959, quando compraram um terreno na rua Andrade Neves, 548, (hoje Catulo da Paixão Cearense) e lançaram a pedra fundamental do templo atual!

No principio, os que iam se convertendo eram batizados, por imersão, como ensina o Novo Testamento, num tanque que havia na igreja local de Vila Clementino, que se localizava na rua Diogo de Faria. (veja as fotos). (Mt 3.6; 28.19; Mc 1.5; Lc 3.21; Jo 1.26-28; At 8.36-39).

Dos que se converteram nos anos seguintes podemos ver, ainda, alguns dos seus descendentes firmes na igreja e ativos no trabalho do Senhor – entre eles – os filhos da família Garcia, os filhos da família de Dna. Iraci Tavares, o Sr. Francisco Maia, os filhos da família Soares, e outros.

No dia 26 de janeiro de 1934 temos o registro da ata da primeira reunião extraordinária dos irmãos membros da Igreja do Bosque, onde, entre outros assuntos, foi para formar um fundo, em dinheiro, para auxiliar os crentes mais necessitados, e outro fundo para ajuntar dinheiro para a construção da Casa de Oração.

A Igreja Evangélica do Bosque, como passou a ser conhecida, por ter sido legalizada e registrada perante o governo, como Igreja, sem fins lucrativos, com os devidos estatutos, procura manter as suas atividades, como ensina o Novo Testamento, na evangelização do bairro, nas pregações do Evangelho, no ministério da Palavra de Deus, a Bíblia, nas orações e socorros aos crentes da comunidade.

Em seguida vieram outros missionários que ajudaram na Obra do Senhor, entre eles, Sr. Henrique King, (1936) que, em 1937, classificou o andamento da igreja como “estado paralítico”, devido a morosidade com que os crentes trabalhavam para o Senhor; Sr. Ricardo D. Jones (1948) que passou também a fazer parte do governo da Igreja; Sr. William Arthur Wood e outros, que muito colaboraram na igreja local.

É muito interessante de se notar como foram crescendo os crentes na fé, com as instruções dadas pelos irmãos missionários nas reuniões dos anciãos. Por exemplo: na aprovação ou não, da aceitação dos crentes para o batismo; recepção de crentes na comunhão; os horário e lugares das reuniões; para a indicação de auxiliares como porteiro, como superintendente da Escola Dominical, reunião de senhoras, na compra de móveis e utensílios para a igreja, zeladoria, sobre a disciplina na igreja.

A reunião do Partir do Pão foi realizada todo o primeiro dia da semana (At 20.7), com o pão e vinho em cálice comum (Mt 26.26-27). A reunião da Ceia ficou aberta para que qualquer irmão, em comunhão,

pedisse hino, orasse em louvor e adoração ao Senhor, ou ministrasse a Palavra; sendo que a distribuição dos elementos da Ceia fosse feita por qualquer um dos irmãos a que o Espírito Santo designasse!

Naquela época, décadas de 30 a 40, no Bosque como em muitos outros bairros não havia ruas calçadas, tão pouco asfaltadas! Era tudo terra e, o pior ainda, o Bosque e Saúde, eram cheio de barrocas. Aqueles missionários vinham à pé do bairro Vila Clementino, atravessando campos de capim ¨barba de bode¨. Em tempo de chuva chegavam todos molhados e cheio de tombos pelo barro a fora.

Não havia condução de bondes ou ônibus como há agora. A Praça da Árvore era a primeira seção dos bondes que vinham da Praça da Sé até o Bosque e Jabaquara. O Bosque tinha o seu ponto final no alto da Saúde, esquina das ruas Tiquatira com Jussara. Ainda é possivel se ver naquela esquina, vestígios dos trilhos de aço.

O Jabaquara era um parque distante do centro, cheio de árvores, para se fazer pic-nics. Daí o nome de Parque Jabaquara!

Uma das coisas notáveis é que aqueles missionários, além do dom de evangelista, tinham, também o dom do verdadeiro pastor! Muitas vezes, frequentando também as reuniões na Vila Clementino, eles vinham nos acompanhando até o Bosque, conversando e ensinando muitas coisas da Bíblia e da vida cristã.

Além do Trabalho do Senhor no bairro Vila Clementino, aqueles irmãos mantinham os trabalhos na Vila Nova Conceição (Vila Olímpia), Bosque, Vila Brasilio Machado e Moinho Velho. Faziam-se muitas reuniões ao ar-livre e os crentes de uma igreja local estavam sempre juntos com os crentes dos outros bairros. Havia muitas reuniões de confraternização!

Aqueles missionários viviam com os crentes, visitando-os quase que diariamente, tomando refeições com eles (At 3.42-47), conhecendo todos os problemas e dificuldades que poderiam ter. Sabendo dos problemas, ajudavam na solução dos mesmos!

Que as novas gerações continuem com o mesmo fervor daqueles antepassados, a mesma consagração e o mesmo desejo de conquistar almas para Cristo!